Cartilha faz resgate histórico-cultural de brincadeiras antigas

As lembranças do passado vieram à tona na tarde de hoje, 23, no lançamento da cartilha “No meu tempo era assim: brinquedos e brincadeiras de outrora”, realizado no Museu Arqueológico de Balneário Rincão.  

“Este é o resultado do trabalho dos profissionais da educação feito nas escolas para as nossas crianças. Isso tudo nos dá o orgulho de ser rinconense. Um governo não é feito só de obras, mas também do resgate histórico-cultural de um povo. Este projeto foi importante porque resgata todos estes valores e confirma a identidade cultural do nosso povo”, disse o prefeito do município Décio Góes, durante o evento. 

 

Na ocasião, as idealizadoras do projeto, Ana Maria Manaus Teixeira e Elisângela Machieski, que são historiadoras, realizaram uma contação de história falando sobre os brinquedos e brincadeiras de antigamente. A cartilha foi revisada pela primeira-dama do município, Mariza Gyrão Góes que também se pronunciou durante o cerimonial. “Revisar o livro teve um gosto de juntar o passado com o presente. Um gosto de juntar as pessoas envolvidas na história. Este é um trabalho que irá gerar um futuro consistente”, destaca Mariza. 

Segundo a coordenadora do Museu, Elisângela Machieski, o projeto realizado tem o objetivo de identificar, registrar e divulgar os jogos e brincadeiras realizadas por crianças da época. A cartilha foi desenvolvida com experiências resgatadas entre as décadas de 1940 a 1970. Durante a elaboração do projeto foram entrevistadas 44 pessoas, com idades entre 50 a 80 anos, que viveram a infância nas décadas de 40 a 70 no Balneário Rincão.  

Para Elisângela, cada entrevista foi uma emoção diferente. “Este projeto é uma expressão máxima de quando conversamos com alguém de outra geração. É como olhar para trás, para dentro do passado”, expressa Elisângela.  

Os entrevistados do projeto também participaram do evento. Um  deles, o advogado e biólogo, Joaquim Arantes de Bem, falou sobre a importância e preservação do resgate histórico. “Quem não conhece, não sabe. E quem não sabe, não preserva. Quem não preserva, não sabe o que é amar. Resgatar a história é a arte de relembrar quem sobreviveu”, declara De Bem.

O projeto resultou em três etapas. A primeira foi o acervo de entrevistas disponibilizadas pelo museu, a segunda etapa foi o Dia D, que é a contação de histórias, depois a confecção de uma cartilha de brinquedos e brincadeiras antigas e, por último, uma oficina de capacitação para os professores. O trabalho foi contemplado pelo Prêmio Edital Elisabete Anderle de estímulo à cultura, ano de 2014 e é de autoria das professoras Ana Maria Manaus Teixeira e Elisângela da Silva Machieski. 

“Eu vejo a importância desse trabalho nas escolas, porque nossa infância era diferente da que era antes. Cada infância tem sua realidade. É interessante resgatar o passado para que fique sempre na memória”, diz a Secretária de Educação, Liene Silveira.  

“A cartilha tem como objetivo ser simples e didática, mostrando brinquedos e brincadeiras antigas, também apontando possibilidades de construção desses brinquedos e sua utilização no cotidiano atual, seja na sala de aula, no pátio de casa ou na praça da cidade”, explica Elisângela.  

O evento contou também com a presença de secretários do governo e o vereador Luiz Carlos Pinto.