Desassoreamento da Lagoa de Urussanga Velha, em discussão

O sonho de transformar a Lagoa de Urussanga Velha num ambiente de pesca e turismo está mais próximo de se tornar realidade. Estudar os resíduos poluentes da histórica lagoa e apontar o aproveitamento desses materiais representará o primeiro passo em direção ao desassoreamento. A intenção é que o estudo dos resíduos seja levantado pela Unesc através de um convênio que já está tramitando na Câmara de Vereadores. “Queremos verificar as possibilidades de aproveitamento econômico desses resíduos em outras áreas. Com isso ficaria viabilizado o processo de desassoreamento e a revitalização da lagoa como um ambiente de pesca e turismo”, explica o prefeito, que é um dos membros do Comitê de Prospecção de Potencialidades do Balneário Rincão.

Junto com o chefe do Executivo, o empresário Roberto Bastos, que também faz parte do comitê, participa do processo e garante que na Lagoa de Urussanga Velha concentra-se a maior potencialidade de desenvolver o setor náutico do novo município. “Durante décadas o rio interagia com o mar e a lagoa acabava se tornando uma espécie de filtro natural. Hoje ela sofre todas as penalidades te ter concentrado todos os resíduos que desciam rio abaixo, seja com a lavagem de carvão ou trabalhos para a retirada de argila, atividades que fizeram parte do histórico desde local”, explica Bastos.

O objetivo final deste grande projeto é permitir que a lagoa tenha atividades humanas, bem como a viabilização de molhes para a fixação da Barra do Torneiro, para permitir o acesso a embarcações. Atualmente a lagoa é abandonada e tomada por um lodo gerado a partir da poluição. O prefeito Décio Góes esteve em Florianópolis na última sexta-feira, na abertura da 5ª Exponáutica de Santa Catarina e instalação do GT Náutico do Estado, onde aproveitou para tratar sobre o assunto. Ele teve conversa com arquiteto/engenheiro náutico italiano Franco Gnessi, especialista no setor, para a viabilização dos estudos preliminares.

A construção de redes hoteleiras e de ambientes de lazer, recreação, eventos e turismo no entorno deste local também está nos planos da Administração Municipal, junto com o grupo. “Para começarmos a pensar no desassoreamento precisamos primeiro saber o destino desses materiais poluentes”, explica Roberto Bastos, que acrescenta sobre um estudo preliminar. “Inicialmente identificamos que os resíduos podem servir como enriquecedor de solo ou mesmo utilizado para auxiliar na fabricação da indústria vermelha”, adianta.

O papel da equipe técnica da Unesc será estudar, identificar e relatar para que fim os resíduos poderão ser utilizados.